Todo mundo tem pelo menos um! Inspire-se para descobrir o seu a partir das
histórias de duas meninas muito talentosas
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Segundo o dicionário, a palavra “talento” significa uma aptidão ou habilidade especial que uma pessoa tem. Mas não é preciso decorar essa definição para perceber o quanto Sarah Bianchi é talentosa. Com 9 anos de idade, ela faz teatro musical, canta, já foi capa de uma revista de moda para crianças e ainda gosta muito de culinária. A história dela com a cozinha começou aos 5 anos, na casa da bisavó. As duas preparavam várias receitas juntas. Sarah foi tomando gosto e, quando se deu conta, estava ajudando a mãe em casa também.
“Eu gosto de fazer brigadeiro e acho que é minha especialidade. Mas também gosto de fazer bolo de pão de ló com recheio de brigadeiro branco e morango”, fala sobre as suas receitas favoritas. Quando as receitas são mais difíceis, conta com a ajuda da mãe, que é sua companheira para fazer a temida pasta americana, por exemplo.
Em meio a tantas receitas deliciosas, Sarah escolheu fazer a de cookies de baunilha com gotas de chocolate e nozes para vocês. Ela aprendeu essa receita no programa de gastronomia que participou no começo deste ano, no qual ela era a participante mais nova, e garante que o passo a passo é muito simples. Com papel e caneta em mãos, dê o play para aprender!
A psicóloga Queila Milian lembra que os talentos, como os da Sarah, estão relacionados à originalidade e à criatividade. Geralmente, essas características tomam forma quando resolvemos um problema, em casa ou na escola, de uma maneira diferente de todo mundo. Seja descascando uma fruta de um jeito que só você sabe ou resolvendo um exercício de uma forma diferente mas conseguindo o mesmo resultado no final, são pontos que podem nos ajudar a descobrir os nossos talentos.
O incentivo dos pais, amigos e professores é fundamental para desenvolvermos ainda mais esses nossos gostos. “São pessoas que estão em torno da criança e que vão dar todo o suporte necessário, fazendo com que ela se desenvolva”, acrescenta Queila. E o mais importante: não se deixe influenciar pelas outras pessoas. Acredite no seu talento, naquilo que você gosta de fazer e faz muito bem, sempre persistindo para que aprenda cada vez mais.
Foi entrando para o Grupo de Escoteiros da sua cidade que Maria Clara Pavan Caleffi, de 9 anos, cultivou ainda mais o seu talento para cuidar dos animais. “Lá, eu aprendo modos de ajudar a natureza e ficamos cada vez mais próximos dela”, garante.
Desde muito pequena, já dava para perceber que Maria Clara gostava muito de animais. Ela conta que, uma vez, um morcego caiu no quintal da casa dela. Ela ficou com medo? Nada disso: foi logo pegar uma seringa com leite para alimentá-lo. É com o mesmo cuidado que ela cria o passarinho Geraldo, a hamster Charlote e a tartaruga Zig. Ela ajuda a alimentar e a limpar os três. Além disso, Maria Clara adora desenhar. E tente adivinhar o que ela desenha: animais, é claro!
Nina Frainer tem a mesma idade da Maria Clara e sempre gostou muito de ler. Quando teve a ideia de escrever o próprio livro, estava empenhada em terminar uma pilha de livros que tinha em seu quarto. Então, ela pensou: “por que não escrever uma história só minha e do meu jeito?”. No mesmo instante, Nina foi correndo contar a ideia para a mãe, que, deu todo o incentivo para a filha.
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Foi assim que o livro “A Menina da Sanfona Azul” surgiu. Ele conta a história de uma garota que queria espalhar a música para todas as crianças do mundo. Tem tudo a ver com a Nina, afinal esse é realmente o seu sonho. E a sanfona azul? É o instrumento que ela toca desde os 4 anos. “A sanfona representa uma voz, um sentimento. É como se fosse uma pessoa falando”, conta. E o mais especial: ela aprendeu a tocar sozinha, sem aulas, e ensaia todos os dias por diversão.
Nina é também atriz, compositora e humorista. Ela conta que está sempre brincando e, como artista mirim, transforma as brincadeiras em livros, em músicas, em piadas. Para Nina, não existem muito segredos, só um: divirta-se, brinque e seja o que você quiser.
“Sempre que me perguntam o que eu quero ser quando eu crescer, eu falo: ‘por que só quando eu crescer se eu posso ser agora?’”.
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