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Você provavelmente já deve ter visto a figura de uma mulher séria com as sobrancelhas grossas e conectadas, não é? Talvez até saiba o nome dela, mas provavelmente não tem ideia do peso que essa figura teve na história mundial.
Frida passou por infortúnios diversos desde pequena, começando com a poliomielite, a doença que a fez amputar uma perna, e transcorrendo entre suas crises de depressão e seu desejo de ser mãe que acabou não se realizando.
Sobre os momentos de sofrimento de sua vida, ela escreveu em seu diário, “a pintura tem preenchido a minha vida. Perdi três crianças e uma série de coisas que poderiam ter preenchido esta vida miserável. A pintura substituiu tudo. Eu acho que não há nada melhor do que o meu trabalho.”
Embora seu pai tivesse a pintura como hobby, Frida não se interessou inicialmente pela arte e isso só começou a fazer parte da sua vida na juventude. Aos 18 anos, a garota sofreu um grave acidente em uma colisão de um trem, acabou entre a vida e a morte durante meses no hospital e fraturas diversas que só foram parcialmente reconstruídas após muitas cirurgias. Depois do ocorrido, ela pintou um de seus primeiros retratos: A coluna partida.
A diferença entre essa artista e as outras pessoas é que ela transformou sua dor em arte viva. Com consciência de suas limitações, ela tornou o cinza colorido e marcou uma época com suas pinturas, elevando a cultura mexicana das flores e cores ao mundo todo.
Para entender um pouco mais sobre essa personalidade enigmática, conversamos um pouco com a historiadora Elisabete Lima, que nos narrou um episódio sobre a vida de Frida: “Quando pediu as tintas pro seu último quadro, ela escolheu a cor vermelha. Todos acharam que fosse uma referência a doença, proximidade com a morte. Mas ela pintou melancias e escreveu “Viva a vida”
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Formada em medicina, Frida não tinha medo de ousar e desde sua adolescência, vestia roupas masculinas e quebrava barreiras sociais. Apoiada por seu pai, a garota usava tintas e pincéis para se confessar ao mundo. Aos 47 anos, com mais de 30 pinturas célebres, um casamento, diversas fraturas no corpo e na alma, Frida deixa o mundo no dia 13 de Julho de 1954, espalhando flores, cores, dores e amores de suas obras pela eternidade.
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